Pesquisas afirmam que as camadas populares não entendem o real significado de consumo consciente e, portanto, seu papel na sustentabilidade.
Como pudemos ver nos dados que apresentei no post anterior, as classes sociais menos favorecidas também precisam de informação. As demais fatias da sociedade têm acesso mais fácil à informação e pesquisa, mas não recebem as mensagens adequadas.
Achei interessante dedicar um post a Classe C, pois muito se fala em sua ascensão. O que de fato, tem acontecido. O seu destaque na mídia e no alvo das empresas tem sido constante. Segundo dados do estudo “O Observador – o barômetro Brasil 2010”, a classe C cresceu 15 percentuais. As classes D e E caíram 16 pontos e a A e a B mantiveram-se estáveis.
Como pudemos ver nos dados que apresentei no post anterior, as classes sociais menos favorecidas também precisam de informação. As demais fatias da sociedade têm acesso mais fácil à informação e pesquisa, mas não recebem as mensagens adequadas.
Achei interessante dedicar um post a Classe C, pois muito se fala em sua ascensão. O que de fato, tem acontecido. O seu destaque na mídia e no alvo das empresas tem sido constante. Segundo dados do estudo “O Observador – o barômetro Brasil 2010”, a classe C cresceu 15 percentuais. As classes D e E caíram 16 pontos e a A e a B mantiveram-se estáveis.
A revista Consumidor Moderno, de junho de 2010, aponta que a classe C é formada por 95 milhões de brasileiros, ou seja, 49, 7% da população – que tem a renda familiar entre 1126 e 4824 reais, segundo critério da Fundação Getúlio Vargas. A publicação ainda traz a informação de que somados às classes D e E, esse mercado tem, então, R$ 834 bilhões.
Essa história teve seu início com a estabilização da moeda, que fortaleceu a classe e ajudou a população a sair do nível da pobreza e a fazer parte do sistema financeiro do País. As empresas, então, tiveram de se debruçar sobre o novo consumidor para oferecer produtos específicos. Entender como ele analisa o mercado, faz suas compras. De acordo com Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2005 (IBGE), essas classes somam 73% dos brasileiros e movimentam, portanto, 45% do consumo nacional.
O que falta aqui, de novo, é a comunicação. Segundo a pesquisa Conjoint Social, da GFK, publicada no jornal Meio & Mensagem de setembro de 2009. Apesar de 45% dos entrevistados afirmam reconhecer a contribuição das empresas para um mundo sustentável, 46% dos consumidores abordados acreditam que tais ações não passam de estratégia de marketing, tornando, portanto, essa informação como um ponto negativo no ato de consumo.
Na pesquisa Percepção do Consumidor Brasileiro – Responsabilidade Social Empresarial, apresentada pelos institutos Akatu e Ethos em 2008, também citada no jornal Meio & Mensagem, revela que “78% dos consumidores afirmam ter interesse em saber o que as empresas estão fazendo em termos de responsabilidade socioambiental. Entretanto, como também já apontamos aqui, há um evidente descompasso entre a expectativa dos consumidores e a atuação das empresas, pois a mesma pesquisa revela que 49% dos consumidores consideram que as empresas não comunicam com honestidade o que fazem nesse quesito”.
O que ocorre, podemos presumir, é que o consumidor não está informado, tampouco educado para lidar com o consumo consciente. Isso o leva a entender que o pouco que chega a seus ouvidos, soe apenas como uma estratégia de marketing verde. Nesse ponto, o profissional de relações públicas deve participar ativamente para manter o caráter institucional. Ele deve manter a comunicação de duas mãos com seus públicos, de modo transparente, legitimando a informação. Não é tarefa fácil, acredito, mas é um ponto de diferenciação para as empresas que tem se preocupado com sustentabilidade. É uma linha muito tênue e o público-alvo que não entender os seus propósitos pode criar ruídos e arranhões graves na imagem de uma marca, produtos e corporação.
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