sábado, 17 de outubro de 2009

Estrategista de Obama conta por que investiu em redes sociais

Izabela Vasconcelos, de São Paulo
O estrategista da campanha presidencial de Barack Obama, Scott Goodstein, sócio-fundador da Catalyst Campaigns e Revolution Messaging, explicou os recursos usados para eleger o democrata, como redes sociais e celular. A palestra "O Efeito Obama" foi realizada em São Paulo, nesta sexta-feira (16/10)

Goodstein apostou no crescimento das redes sociais para impulsionar a campanha de Obama. “A TV sofre queda de audiência, os jornais nos Estados Unidos estão se deteriorando a cada dia. Por isso investimos nas redes sociais”.

A campanha investiu na comunicação em mais de 15 redes sociais diferentes, tanto as conhecidas como as menores, focadas em jovens, latinos, entre outros.

“Quando nós entramos no Twitter, disseram que isso era ridículo, mas a mesma coisa aconteceu com o Facebook e outras redes. Elas não são mais coisas de jovens. Hoje nós temos informações oficiais ali”, afirmou o estrategista.

Uso do celular

Durante o período de campanha, o Iphone não era muito popular nos Estados Unidos, como é hoje. Além disso, o uso de mensagens no país é diferente de como acontece no Brasil. “Nos Estados Unidos custa para quem envia e para quem recebe. Então nós tínhamos o desafio de fazer com que aquilo valesse mesmo, para que eles não apagassem essa mensagem”.

A campanha também tinha outro desafio, o de engajar a população americana, já que, como o voto não é obrigatório, apenas 50% da população vota.

Marcelo Castelo, presidente da F/Biz, participou do debate e enfatizou que no Brasil o celular é uma grande vantagem, pelo grande número de usuários - são 164 milhões de usuários de celular, 20 milhões deles que acessam a internet pelo aparelho, contra 68 milhões de internautas. Além de que hoje as pessoas compram muito mais aparelhos celulares do que TV ou computadores.

“O celular tem as mesmas vantagens da internet e está 24 horas com as pessoas. É extremamente interessante para ser usado em campanhas”. Castelo afirmou que hoje são mais de 50 milhões de usuários opt-in, ou seja, que deram autorização para que a operadora envie mensagens de terceiros. Com isso, a comunicação nas campanhas eleitorais pode ganhar mais espaço.

Apesar do Iphone ter a tecnologia mais avançada, Castelo ressaltou que as empresas devem pensar em aplicativos diferenciados. “Existem apenas 500 mil Iphones no Brasil, então o aplicativo deve ser feito para todos os celulares”.

O executivo ainda alertou para um fato: “Hoje 94% das grandes empresas brasileiras ainda não possuem versão de site móvel”, concluiu.

Fonte: Comunnique-se

Um comentário:

Ocappuccino.com disse...

O número de pessaos que acessa a internet de celular acredito qeu seja pequena, mas em curto prazo é essencial a empresa adaptar o site para esta ferramenta.

E será que o Bem, grande estrategsita do Obama, conseguirá fazer um bom trabalho com Dilma?
MATEUS