Em 2012, o
Especial de Comunicação Corporativa do jornal Valor Econômico traz, na capa, o
título “Palavra do Líder: Engajamento do presidente reforça a reputação da
empresa”. Essa é a prova de como o ano foi importante para o setor de Comunicação
Corporativa. Reforçou-se, então, as relações públicas como ferramenta para o engajamento
nos mais diversos contextos, praças e redes que as empresas passaram a assumir
causas, ganhar identidade e envolver a sociedade muitas vezes em importantes
transformações.
Transparência,
respeito e sustentabilidade foram às palavras da vez, as que demonstraram mais
humanidade no trato com o público. E elas tiveram que fazer parte do discurso
de todos dentro das organizações, do presidente ao atendente, de forma coesa e sinérgica
em todos os pontos. Em pesquisa da Aberje,
executivos afirmaram ter que dedicar mais tempo ao diálogo direto com clientes,
investidores, governo, fornecedores, entidades de classe e ONGs. De tal modo,
essa mudança de postura evidencia a necessidade de um alinhamento das
informações para a construção de desse posicionamento.
O
tradicional estudo de confiança da Edelman, o Trust Barometer, destacou, em
2012, que apesar da queda geral do nível de confiança dos brasileiros, a mídia
e as empresas seguem como as instituições mais confiáveis. A mídia tradicional
segue como a mais importante para os brasileiros, com 51% da confiança, seguida
pelas múltiplas fontes online, com 42%, mídias sociais, 21% e comunicação
corporativa com 27%. O que mais chama a atenção, no entanto, é a confiança
deposita no indivíduo: o brasileiro passa a acreditar mais em si mesmo, principalmente
quando se trata de expressar a opinião sobre uma empresa. O estudo mostra que 86%
confiam mais em uma pessoa comum quando desejam saber algo a respeito de uma Companhia
ou produto, por exemplo.
Nesse
contexto, a busca pelo engajamento das pessoas tornou-se relevante dentre todas
as estratégias das empresas, com o papel inicial de dizer o caminho a se
seguir, principalmente. A leitura do que o público deseja, seja em termos de
produto ou posicionamento. As iniciativas em responsabilidade social e
sustentabilidade passaram a conferir mais credibilidade às Companhias, rankings
e mais rankings surgiram dando foco ao tema na imprensa que tem buscado
desmistificar a relação entre marketing e sustentabilidade por meio de
pesquisas e auditorias no setor. Isso porque no Brasil, diferente de outros
países, a cultura de que as instituições privadas têm a responsabilidade de
resolver questões sociais é muito forte.
Outro
público fortemente trabalho, os funcionários deixaram de ser apenas
colaboradores e começaram a serem vistos como “guardiões da marca”, como de
fato são: os principais personagens da formação da reputação da empresa. E os
processos se seguiram para todos os demais stakeholders, que passaram a ser
ainda mais estratégicos.
A minha opinião
sobre essa movimentação, talvez mais pessoal e poética – muito mais – do que
profissional, é que a visão de mundo de todos está em processo de mudança,
deixando de lado a grande preocupação com o que é material, deixando para trás
a busca incessante por dinheiro e excessos, abrindo espaço para um tempo em que
a qualidade de vida é primordial, é querer ser feliz todos os dias, todas as
horas – não que isso seja possível também, mas a busca existe.
Enfim, que 2013
seja o ano da consolidação do que há de melhor em nosso mercado. Que ele evolua
de tal modo que possamos apostar, cada vez mais, em grandes oportunidades e
desafios profissionais.
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