sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

JB alegou sustentabilidade para encerrar versão impressa, que pode voltar ao mercado

Há pouco mais de um ano, o Jornal do Brasil decidiu migrar da versão impressa para o formato 100% digital. Apesar de esta semana anunciar a intenção de voltar a circular nas bancas semanalmente, em agosto de 2010 o jornal alegou que a manutenção de veículos impressos causa danos à natureza.

“Ora, os custos econômicos e ambientais do papel são insustentáveis. Mais que isso, são desnecessários”, dizia o jornal em um dos 50 pontos que enumerou como motivos para deixar o papel. Para explicar melhor seu ponto de vista, o JB listou alguns motivos ecologicamente inviáveis para manter a versão impressa.

14. A cada dia em que um jornal como o JB não é impresso em papel, 72 árvores deixam de ser cortadas. Dado o maior ou menor número de cadernos durante a semana, ao longo de um ano são mais de 30 mil árvores poupadas.
15. Uma única edição de domingo corresponde a cerca de 200 árvores que levam anos para crescer e ocupam 40 mil m² de florestas. Isto equivale a quatro campos e meio de futebol. Em um ano, com a versão digital, são preservadas áreas florestais correspondentes a mais de 1.200 Maracanãs.

16. Para se fazer uma edição do JB em papel consomem-se aproximadamente 10 mil litros d´água e 40 Mw/hora de energia por dia.

17. Além disso, a natureza leva 6 semanas para decompor um único exemplar de jornal em papel".
Na época, a decisão do jornal foi alvo de vários protestos, tanto de leitores, como de funcionários. No entanto, os planos da empresa, caso consiga recursos financeiros, é fazer com que o JB volte a circular uma vez por semana, às sextas-feiras.

Texto originalmente publicado no portal Comunique-se

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