segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Cinco técnicas para produzir ideias

Manter elevado o nível de inovação dentro das corporações não é tarefa fácil. Isso porque a criatividade, seja ela individual ou coletiva, não é despertada ao acaso ­ ela precisa ser incentivada e fomentada em diferentes níveis da corporação. O conceito de ideação surge para auxiliar a criatividade e envolve o uso de métodos e técnicas para despertá-la. Mas como construir um ambiente favorável à criação de ideias dentro das corporações? Desde a associação de ideias, estruturada por Platão e Aristóteles, passando pelo brainstorming de Alex Osborn, a partir da década de 1940, ferramentas surgem para ampliar a visão e trazer novos olhares que possam ser aproveitados para remar em direção à inovação.

Rui Santo, consultor associado da TerraForum, nos dá algumas dicas sobre algumas técnicas já populares envolvendo o conceito de ideação. Para ele, “algumas técnicas podem funcionar como uma bússola de criatividade, colaborando com a produção de ideias. Entre elas, temos as mais utilizadas devido à abrangência, facilidade de compreensão e maneiras de aplicação”.

(Getty Images)
Associação de ideias: proposta no séc. IV ­ a.C, por Platão e Aristóteles. Eles sustentavam que três fatores auxiliavam na variação da corrente de pensamento ­ contiguidade, semelhança e contraste. “Na primeira fase, atenta-se para as causas que produziram o efeito. Para variar o pensamento, buscam-se situações de semelhança dentro do mesmo segmento ou onde seja possível identificar fatores comuns. Na terceira fase as ideias concentram-se no sentido contrário”, aponta Santo.

Scamper: funciona como uma listagem de tarefas cumpridas para auxiliar no desenvolvimento de ideias, para criação de novos produtos ou reformulação de itens existentes. As etapas propostas pela técnica são substituir, combinar, adaptar, modificar, utilizar de modo distinto, eliminar e reverter (que constituem o anagrama SCAMPER, em inglês). A proposta é avançar de letra em letra, registrando ideias que surjam no fim do percurso.

Brainstorming: traduzida livremente como “tempestade de ideias”, é realizada com grupos de pessoas reunidas para agrupar a maior quantidade de ideias possível, sem discriminação quanto à viabilidade, para ao final estabelecer uma análise sobre cada uma das propostas.

Mind Maps: também bastante popular hoje, especialmente na internet, é a metodologia dos “mapas mentais” (mind maps, em inglês). O sistema se propõe a organizar o processo de geração de ideias e associação, trabalhando sob o conceito de agrupamento. No centro do papel ou do diagrama, fica o tema a ser desenvolvido, reduzido a uma única palavra ou sentença. Em seu entorno, são trabalhados associações e conceitos que estejam ligados ao tema inicial.

Técnica das perguntas: como o nome sugere, propõe perguntas que levem a resolução de um problema. A mais tradicional e comum é a 5W+1H (do inglês “why, when, where, who, what and how”). Dentro desta técnica, Rui Santo desenvolveu outras duas vertentes, que colaboram para ampliação da percepção, fornecendo perspectiva mais detalhada sobre o problema. "As perguntas combinadas trazem uma sobreposição simples de perguntas, de modo a compor o cenário no qual a identificação do problema possa ser melhor apreendida. Já a técnica de criar perguntas profissionais é útil no desenvolvimento de produtos ou serviços, cujas perguntas típicas, quando identificadas, podem vir a serem atendidas pelos inovadores”, explica o consultor. (Texto publicado originalmente no site da HSM)

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